Desilusões - Arthur Dazzani

Esperei a calma, a muda em flor.
Quis a voz doce, tão diferente.
Pensei no novo, no inconseqüente.
Mas veio a dúvida, agonia e dor...

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Desejei um mimo, meu passarinho.
Pra bater asas sem sobressalto.
Andar nas nuvens, voar mais alto.
Sonhei com arrimo, não com espinho.

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Não à mentira, só há saudades.
Se há sentimento, não tem vaidade.
Só ardo inteiro, não dou metade.
As palavras calam... Sobram verdades.

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E o coração, cheio de mágoa,
Com as incertezas, tão dividido...
Foi acarinhado... Nunca iludido.

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E é só querer que limpa fácil...
Basta por ternura, ser meiga e dócil,
Se encher de amor, paixão e alma.